domingo, 27 de outubro de 2013

Branco?


Pode passar o tempo que passar, há coisas antigas que continuam actuais. Há palavras antigas que se encaixam aos dias de hoje ou que serão sempre associadas aos dias de hoje.
Há ainda sonhos que estagnaram no tempo, que nunca deixaram de ser palavras soltas no nosso pensamento quando deitamos a cabeça na almofada.


Dizem que a almofada é a nossa melhor conselheira, deve ser pelo facto de obtermos respostas sozinhos, imaginamos conversas, ensaiamos as respostas e sentimo-nos preparados para enfrentar qualquer vilão da vida real. Ao decorarmos as palavras temos mais coragem, porque não vamos improvisar e sair da linha estabelecida e assim não corremos o risco de nos deixarmos levar pois já tínhamos tudo decidido de nós para nós.
Era sem dúvida melhor se corresse tudo ao natural, mas somos obrigados a treinar um consenso entre o coração e a cabeça, de modo a não sermos tentados pelas nossas fraquezas.

Vivemos nuns dias em que é horrivelmente necessário ser tudo bem esclarecido, bem preto no branco, são uns dias em que não nos podemos distrair com borboletas na barriga e músicas de fundo pois podemos perder tudo, depois temos que nos manter de pé como se fossemos de ferro e perdemo-nos no processo. 

domingo, 20 de outubro de 2013


O nosso estado de espírito é um factor fundamental para a velocidade do tempo. Estou a sentir que o tempo está num estado melancólico, depressivo, andando demasiado lentamente tal como o passar dos meus dias.
Desta forma, num dia consigo pensar e repensar coisas de meses inteiros pois tentei desfocar-me e encadear-me mas teve resultados apenas temporários.

Sinto-me como um jogo de Xadrez ao contrário, como uma música parada ou um jogo no qual todas as regras já foram quebradas e falta-me um asterisco no final. 
Acho que estou a perder o puzzle. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Devia haver algum botão no corpo humano para conseguirmos moderar as explosões de pensamentos que por vezes nos bombardeiam. 
Acabamos por nos esquecermos do sentido que aqueles pensamentos tinham no início e vemos-nos parados a reflectir sobre o assunto mas como a desconcentração é um tanto ou quanto alucinativa, voltamo-nos a perder entre imagens e palavras completamente soltas mas que forçamos a ter um sentido para dar veracidade à nossa ideia principal.
Ainda dizem que não somos todos loucos, mas como diz o ditado: de génios e de loucos todos temos um pouco. 

sábado, 21 de setembro de 2013

Mudam-se as estações

Assinala-se uma nova estação e espero que tenha um início melhor que a estação anterior. Não se trata apenas da mudança da temperatura, do tempo em si, mas também da forma como olhamos para as coisas, com o desejo de duração, de segurança, de aconchego e de mãos quentes que aquecem as geladas.
De facto, as coisas mudam, o quente arrefece e é deveras necessário mais que palavras para o voltar aquecer, é necessário pureza no coração e sinceridade no olhar. Há uma enorme necessidade de se ser doce e firme.
Temos que nos esforçar para que a distância do verão seja menor, vamos andar descalças e pôr flores no cabelo, vamos andar de saias rodadas e girar, brincar e ignorar a chuva que vemos pela janela. Vamos fazer do verão um estado de espírito, porque nesta estação emanamos cor, alegria, simpatia, felicidade, mas vamos pegar no outono e fazer dele o nosso estado de vida que é um equilíbrio entre o melhor do verão e do inverno.
Vamos fazer da nossa vida um dia no sofá com uma manta, enquanto a tempestade é lá fora, e sentimos em todo o nosso corpo o equilíbrio entre liberdade e segurança.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

:D

Sensação estranha esta de não te conseguir olhar directamente nos olhos, sem fazer as linhas que delimitam o meu sorriso. E de ficar assim meio "babaca" sem ter nenhuma direcção para onde olhar e ter o meu estômago a falar por mim.
É realmente uma sensação de que já não me lembrava bem, por ser algo tão simples, sem complicações. É um sentimento com efeito aguarela que veio pintar com imensas cores este coração fechado.
Foi incrível como em passos leves, pé ante pé, se descobriu a chave.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

ossevA

Tirem-se deste mundo perdido, tão perdido que nem se encontra a si mesmo devido aos malabarismos humanos que existem.
Tirem-me deste mundo onde pessoas são apenas personagens com falas mal decoradas.
Tirem-me deste mundo onde a mágoa vence o amor.
Tirem-me deste mundo em que o amor é sapateado tal como um passo de dança.
Tirem-me isto e dê-me um mundo em que os bons sentimentos prevaleçam e em que más acções tenham consequências.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013




"This is my kingdom come"

quinta-feira, 25 de julho de 2013



"Tu foste o sonho e eu o sonhador"

quinta-feira, 18 de julho de 2013

As coisas mudam, realmente mudam, tão rápido como não podemos prever. O que tem que ser mantém-se independentemente das tempestades de areia ou dos verões frios, o resto, trata-se disso mesmo apenas de restos, pode ser substituído.
Se eu conseguisse agradecer às borboletas que têm habitado no meu estomago seria uma honra, têm pago a renda da habitação com sorrisos rasgados.
Que continue assim com cabelos ao vento!


segunda-feira, 15 de julho de 2013

:D

Todos os dias podiam ser como estes onde surge o sol por trás das nuvens, que vem sorrateiramente fazer-nos lembrar que um sorriso cura tudo.
É maravilhoso sentir leveza de espirito e o coração aconchegado.

terça-feira, 9 de julho de 2013



"The dreams come slow and goes so fast"

domingo, 7 de julho de 2013

:)

Nunca imaginei que algo tão intenso se tornasse macio, deixando apenas uma marca suave. Durante imenso tempo tentei-me convencer que seria tudo tão diferente, tão como sonhei que fosse e mesmo com o claro sinal de estrada sem saída, nunca tive essa vontade. Nunca me enganei tanto. Todos os órgãos do meu corpo se sentem leves, quando se aceita o inevitável é como se cada dia tivesse mais cor, cores que acho que nunca tinha visto que existiam, as cores que estavam enevoadas em mim.

Apesar de sentir o coração um pouco gélido, não me posso esquecer que é Verão.
                                                                                                   - Ainda não perdi a vontade de voar.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Omnipotente

Se eu fosse omnipotente, tentaria dar mais a quem tem de menos mas não coisas tocáveis mas sim o que é invisível aos olhos. Gostava de ser capaz de semear a esperança em corações vazios, de ensinar o amor a mãos solitárias, de dar segurança a quem tem as pernas a tremer. De mostrar que borboletas na barriga é algo inexplicavelmente maravilhoso, e triste de quem não as sente, mas não dura para sempre torna-se em algo mais maduro e esplêndido que pode durar uma vida inteira ou partir em pedaços cada canto de um corpo e cada som de uma voz, porque, infelizmente, um homem com força destrói a força do Homem. 

sábado, 22 de junho de 2013

Noção

Foi assim, de um dia para o outro, deixei de ser a menina com o brilho no olhar para me tornar em algo apagado. Que se esqueceu de como se tira este nó na garganta que teima em não dar descanso, que gosta de se magoar a si própria com lembranças em estilo replay, mas que no entanto tem muito amor para dar. A minha noção de tempo é um pouco estranha, porque este processo não se deu de um dia para o outro mas sinceramente parece que foi ontem. O meu coração que não percebeu que o tempo avançou, continua parado algures entre memórias e o meu cérebro, que deveria ser a parte racional, encontrasse em estado de negação. 
Tenho receio, muito mesmo, de dar conta que me perdi apenas com o coração cheio de ilusões e as mãos sem nada para segurar.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Fado?

Dizem que parar é morrer, porém, acho que é disso que preciso. A hora está-se aproximar e os meus pensamentos encontram-se como se fossem ingredientes de um batido, preparados para explodir a qualquer momento como se fossem detonar uma bomba. 
Preciso de parar de evitar o inevitável, não se pode adiar a dor com esperança que ela diminua, isso é apenas uma ilusão- como quando comemos uma exagerada quantidade de pão com nutella e esperamos que   não engordemos. 
Tenho que me esforçar mais para que passe, a força aumenta conforme a confiança em nós mesmos, e se é o fado então irei respeitá-lo. 
Irei ter em mim, toda a vontade do mundo. 

domingo, 9 de junho de 2013

Recuo

Eu sinto algo tão inexplicável, tão único, tão meu. 
Sinceramente receio o dia em que deixar de sentir, tenho medo do dia em que começar a esquecer os pormenores e tenho realmente medo do dia em que se torne apenas em algo que já foi e já não é. Sinto uma paz angustiante, um vazio saudoso e um desequilíbrio rebuscado.

           Se pudesse eu recuar no tempo, saberia exactamente onde gostaria de estar. 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

 

                                                     "Promessas perdidas, escritas no ar (...)"

domingo, 2 de junho de 2013

...

Tenho saudades de tempos que não tenho certeza que vivi, se os imaginei ou se os senti com tanta força que se tornaram realidade apenas para mim. Sinto falta de algo maior que o comum, maior que o passado, maior que o presente, maior que mim mesma. Sinto falta todos os dias e todos os dias dói sentir essa falta. Tento sonhar mas os sonhos deixaram de ser da minha responsabilidade. 

sábado, 18 de maio de 2013

Dias e dias

Os dias não são todos iguais, os dias começam e terminam sempre de forma diferente, uns melhores, outros piores, uns mais longos, outros mais curtos.
Há dias que apesar de chover lá fora, o dia tornasse um arco-íris, colorido e com passarinhos a cantar. Um sorriso pode iluminar um dia e uma voz pode-te fazer sonhar. O remédio para todos os males é uma palavra na hora certa, um abraço apertado e um olhar que pede para ficares. É difícil resistir a uma mão quente numa noite fria e a uma música que diz tudo o que há para dizer.
Desejamos que o tempo pare.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sozinha em casa

Numa casa tudo parece maior quando não temos companhia, existem pequenos barulhos que nos põem alerta. De modo a lutarmos contra isto usamos a televisão para nos abstrairmos, tanto da casa como de nós próprios. 
Quando se está sozinho, a cabeça trabalha muito mais que das outras vezes e a televisão passa a ser apenas barulho de fundo. Pensamos, reflectimos, insistimos e voltamos a pensar, ficamos tão entretidos com os barulhos internos do nosso cérebro que deixamos de ter medo de estar sozinhos. 
O som que o nosso cérebro nos transmite é algo descontrolável, gostava que conseguir ocupar mais o coração que a cabeça. Quando estamos sozinhos o vazio tornasse enorme, e o enorme em algo descomunal.
Quero que o cheio me contagie, quero o som de antes, quero-me de volta. 
                                                            
                                                                                                           -Quero deixar o medo de lado. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Dom


Palavras. Conjunto de letras. Constituem frases. Ferem. Curam. Doces. Amargas. Choro. Riso. Fraqueza. Força. Destroem. Constroem. Vazio.
Palavras são ditas e jamais desditas, têm mais força do que qualquer outra coisa, têm o dom de fazer perdoar, amar, fazer esquecer e de encantar. Contudo, tudo tem um lado negro, as palavras permitem acordar de um sonho, desequilibrar, cair sem saber como levantar, permitem arruinar em segundos algo que demorou a traçar e conseguem levar-te para lá da tua dor.
O remédio para as palavras é o tempo, mas o tempo é um recurso bastante escasso. O tempo é perito a curar a dor sem nos dar certeza de algo melhor. É necessário a dose de tempo certa, tudo nos marca e esses sinais não podem ser arrancados por nós ou por outro. Nem sempre o tempo é bem-sucedido pois também ele tem que cuidar das suas próprias feridas.
O pior é quando deixamos de acreditar na força das nossas palavras, sendo um sabor de derrota com um pouco de mentol. Recebemos num sopro o desejo de tornar o longe em perto, o escuro em luz e as palavras em acções.
A noite traz a distância que não me acalma, traz o sentimento de menina perdida, fazendo com que queira sair da pele e perceba o quanto uma pessoa se pode sentir sozinha.


"Tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salve
Do que o medo fechou
Tu que sabes tanto do sol
És uma espécie de outra margem de mim (...)"


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Fica


“Sentes que o tempo acabou
Primavera de flor adormecida.
Qualquer coisa que não volta, que voou (…) ”

Como é que se pede a algo que já não está aqui para não se ir embora? Eu não sei.
Não sei como dizer ao meu coração que está na hora de se ir habituando a não ter os mesmos motivos para se agitar. Não sei mesmo como lhe dizer que é uma questão de dias para tudo se tornar apenas recordações. Não consigo dar más notícias. Não consigo ver que cada pessoa tem o seu próprio passo de dança e não nos conseguimos acompanhar. 

sábado, 20 de abril de 2013

Incomensurável

Existem momentos que são difíceis de se viver, pessoas difíceis de se querer e até de se esquecer. Torna-se complicado olhar para algo cheio e ter a percepção de que está vazio, tão vazio como o teu próprio eu. 
É complexo lidar com os sentimentos, lidar com o facto das coisas mudarem. É delicado perceber-se que apenas os irmãos são uma ponte do passado com o futuro e dói quando paramos e deixamos de querer ocupar o cérebro e o coração e percebemos o que já perdemos, o que já nos tiraram e do que já abdicamos. 
Mas o que custa mais é a certeza de que não acaba aqui, iremos ter sempre uma caixinha de perdidos e achados que nos vai acompanhar para qualquer sítio.
O que me tira o ar e me faz sentir um nó na garganta é sentir e saber que os meus planos de hoje que se irão concretizar amanhã, não são os mesmo que os de ontem nem posso contar com eles. 
No entanto, o que me faz acordar de madrugada e falar com os olhos é a sensação de cansaço, de que já não tenho forças e que me iludi ao pensar que conseguiria andar como se não estivesse a morrer por dentro. A luta nem sempre é justa, umas vezes ganha a racionalidade e outras o sentimentalismo- é uma coisa que não mata mas que mói e destrói. 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Pessoas Boas

Começo a duvidar na existência de pessoas boas, talvez ainda hajam por ai perdidas em nenhures com medo que as más pessoas as descubram. As coisas más acontecem ás pessoas boas, acho isto tão triste e deixa-me com um aperto no peito porque significa que estou a perder a esperança.
A pior coisa que nos pode acontecer é perdermos a esperança e começarmos acreditar que as pessoas não aprendem com os erros. 
Neste momento, apetece-me fechar os olhos e voltar ao tempo em que via o mundo de outra forma, em que me concentrava no lado bom das pessoas mesmo que fosse apenas 5% delas e mesmo que convivesse diariamente com o lado mau, pensava isso mesmo que era somente um dia mau e acreditava com muita força que conseguia fazer com que o lado bom crescesse e permanecesse.
Sempre segui o coração mas deixei de acreditar em magia.
Eu gostava tanto do meu mundo mas, infelizmente, o mundo já não é o que eu conhecia e anda tão distraído que vai perdendo as pessoas boas da vida sem lhes dar valor.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Ontem


Ontem era um dia, hoje é outro completamente diferente. Ontem era um ano, hoje mudou drasticamente. Ontem era uma vida, hoje não é nada semelhante.
Ontem diziam-se palavras sentidas e sonhávamos. Hoje sabemos que o "para sempre, sempre acaba". Ontem tinha motivos para não remexer em nada. Hoje preciso que as coisas não fiquem como estão.


Ontem não tinha nada a perder. Hoje, nada consigo largar. Ontem os sentimentos falavam por mim. Hoje, a racionalidade fala mais alto. 
O que separa o ontem do hoje é uma batida lenta do coração, com a esperança de que o próximo hoje seja melhor que o ontem mas menos que o amanhã.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Karma


Gosto de muitas coisas, mas há coisas de que gosto com mais força. Gosto com mais força do Karma. Aquilo que refere que "para toda acção existe uma reacção de força equivalente em sentido contrário", ou seja, todo o mal que fazemos é nos retribuído.
Não faz parte do meu estilo de vida odiar pessoas, não me canso com isso, considero que o meu tempo deve ser utilizado com pessoas que realmente valham a pena. Caso fosse pessoa de odiar pessoas, odiaria com todos os músculos do meu corpo, porque se é para ser que seja como deve ser.
Mas não odeio ninguém, não combina com a minha educação.





sábado, 9 de março de 2013

Algodão


Todos os dias ouvimos falar de evolução e que essa evolução é o futuro. Ouvimos falar de novas tecnologias, de novas leis, de nova escrita, de nova moda, de várias formas de fazer coisas que antes eram difíceis e agora são simples. E em relação às pessoas? Quando é que há uma evolução que as inclua directamente? Como por exemplo, pessoas com um mecanismo para absorver a própria dor, para a esconder, para a suportar para que consigamos andar em linha recta, sem trambolhões dando a parecer que estamos embriagados. Talvez pudessem inventar pessoas de algodão ou acabar com a parte do cérebro que torna a dor realidade, e não apenas uma razão para escrever frases bonitas.
Talvez estejamos mesmo embriagados, embriagados de recordações, de coisas que já foram mas que hoje não são. Embriagados com a vontade de esquecer. Embriagados com os sentimentos que vos fazem querer estar embriagados todos os dias.  Embriagados com a descoberta de nova forma de sentimentos, que nos ajudam a deixar o estado de embriaguez e a querer os pés na terra e a cabeça na lua. 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Perspectivas

Tudo é uma questão de perspectiva. Temos que ensinar a mente a pensar positivamente, se ela for educada irá fazer com que tenhas sempre um sorriso na cara, o que fará com que os dias melhores venham mais rápidos porque se sentem convidados a chegar.
Nem tudo corre como esperamos, por vezes é bom outras nem tanto, tem vezes em que acontece tudo tão rápido que piscas os olhos e quando os voltas a abrir, estás noutro sitio com outras pessoas, num dia completamente diferente.
É surpreendente a capacidade de mudança, como o tempo corre e corre, sem paragens para descanso. Porque não somos assim? há quem tente, para fugir ao que realmente importa, no entanto fica-se tão desgastado e em vez de se fazer tudo não se faz nada. 
Quem tudo quer, tudo perde sempre me disseram cheios de razão.
Espero que o tempo não abrande, por agora, que dê um sprint até á meta. Mas gostava que quando eu pedisse, que ele fosse diminuindo a respiração e descansasse, para eu conseguir aprender qual a minha perspectiva preferida.
Sei que, seja qual for a velocidade do tempo, quem me acompanha a andar também me acompanha a correr.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Distinções


Existem vários tipos de dores, queixo-me principalmente de dor física, pelo menos é a única em que posso apontar e dizer exactamente onde me dói. Apesar da dor nos ombros, pescoço e as queimaduras nos braços, a dor emocional consegue destacar-se, talvez por não se conseguir explicar, por não existir umas ervas naturais que a façam acalmar.
Dizemos que dói e pedimos que passe com alma e coração, para podermos ter um encontro com a almofada, sem pesadelos ou insónias como intrusos. Desejamos que todo o nosso corpo esteja em sintonia, porém os músculos reclamam do cansaço que faz as pernas tremerem e a cabeça já ouve duas músicas ao mesmo tempo e trabalha demasiado quando tento fechar os olhos.
A força da voz vai ausentando-se como a falta de palavras. 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Doce


Gosto de bolos, das suas cores, formas e do que me fazem sentir. Não me refiro ao facto de serem doces, e de isso alegrar o meu organismo, mas sim á maneira como sinto que consigo controlar alguma coisa. Naquele momento dependo de mim (e do meu olho para a culinária), misturo os ingredientes como eu acho que devem ser e se não resultar, voltasse a tentar.
Controlo o açúcar ou o tempo de cozedura, mas é sempre feito com amor que é sem dúvida o elemento mais importante. Se no momento não tiver amor para dar não desista, apenas aconchegue o seu coração e dê-lhe tempo para curar a mágoa que o corrói, depois conseguirá fazer o bolo adequado para o que o seu amor estiver preparado.
Não siga as receitas á risca, o truque está em ser-se ousado.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

&


Ninguém me tira o que já sei, que deveria servir para melhorar, para aprender a errar menos. No entanto, é isso que compõe a “experiencia de vida”, apesar de não ser composta por um conjunto de longos anos, tem em si muitos erros cometidos, alguns arrependimentos ainda por sentir. Porém com a consciência de que não me afastei de mim, do que faz de mim exactamente a pessoa que me tornei.
Dever-me-ia concentrar no singular, menos num conjunto de indivíduos. Mas não penso assim, o plural faz o singular, tal como um verbo não se forma sozinho, a felicidade tem várias silabas que merecem ser divididas. O egoísmo nunca foi uma das minhas características, sou mais um coração de manteiga, e mesmo que por vezes o egoísmo pareça a coisa certa, para mim nunca é o mais acertado.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

"Aminimigos"


Podemos balançar, tentando atingir o equilíbrio perfeito, não tendo de mais nem tão pouco. Sendo certo, que um salvamento nunca é discreto e imparcial num mundo que se encontra na ponta dos nossos dedos á espera, calmamente, por uma distração, por um sorriso inocente á tanto não visto, para que friamente te lembres que uma desgraça nunca vem só e que a tua certeza, vira certeza absoluta.
O equilíbrio alcança o seu auge quando dás e recebes, quando cuidas e cuidam de ti, nem todos os seres humanos têm a capacidade de reconhecer o valor de cuidar, daqui surgem os amores, as amizades, os ódios ou até os irrelevantes.
 Existem vários tipos de amigos, vou destacar um, são os chamados “aminimigos”. São os amigos á moda de S. Sebastião, que por muito que a gente espere e tenha fé nisso, eles nunca irão aparecer num dia de nevoeiro. Alegram-se com o nosso fracasso e invejam os nossos dias de cor, porém nós importamo-nos com eles, com a sua opinião, porque sabemos dar e somos abençoados por isso.
Venha o que vier, quando vier e se queremos que seja, temos que fazer acontecer.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


Fecha a janela e vê como tudo muda lá fora, desde o tempo ás pessoas. Devíamos aproveitar melhor a ingenuidade que advém da ignorância: " Olhos que não vêem coração que não sente".
Até podemos dizer que não precisamos, que a ilusão não traz nada de positivo, que sonhar faz doer quando se toca com os pés no chão. Podemos pensar que pormos a racionalidade á frente do coração, evita que cometamos erros e acordemos com pesadelos, no entanto, isso apenas atrasa o que não pode ser atrasado. 
Podemos até gritar em bom som, que somos fortes e que conseguimos enfrentar seja qual for a situação, contudo, quando surgem aqueles momentos em que se sonha, sonha-se a sério, em que o único problema existente é a capacidade de atingir a velocidade certa no baloiço ou não deixar cair o gelado, o cérebro congela e as nuvens tornam-se ,novamente, em algodão doce.

Temos as necessidades básicas de cada pessoa, "ninguém é tão alguém que não precise de ninguém", porém como todos os clichés da vida, só se dá importância quando o copo está vazio. 
Devemos ter a capacidade para sonhar e viver. Errar é necessário, mas em doses moderadas, não se deixe magoar vezes incontáveis e por vezes, desistir é o truque para voar.