quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Quem sou?

Tenho vivido com um sabor amargo na boca, não é por falta de amor ou de uma boa dose de mel. Mas é um amargo de consciência. Consciência de que este mundo de mundo já tem muito pouco, é apenas um aglomerado de pessoas, que de pessoas também já têm muito pouco. Somos animais racionais que perdemos a capacidade de pensar, ou tiraram-nos a capacidade de acreditar que somos capazes disso.
E é nessa altura que surge o amargo mais amargo que existe, começa na ponta da língua e põe dormente o coração, até o dedo mindinho. 
Num mundo em que ninguém sabe o que é, nem o que merece, nem o que há para além do que existe em frente aos nossos olhos. Perde-se a esperança e encontram-se os dias de chuva, perde-se a confiança e começam os dias nublados. E entre poças e pocinhas, andamos a saltitar sem sitio para ir, muito menos para ficar. 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Corações.

É um dia normal de coração. O coração que não sabe bater controlado, um coração que quer ser rebelde e ir por aí, um coração que tem vontade de gritar coisas que nem conhece. Um coração que está num suspiro bloqueado, um coração que não sabe o que sentir. 
É um dia normal entre corações. O meu gosta do teu, tanto que se deixa de conhecer. O  meu quer o teu a pouca distância, a um cheiro de distância. O meu considera que tu lhe pertences, mas de forma calorosa, amorosa, apaixonada e louca de sabores. O meu sente o teu, sente o teu ritmo, o teu tom, e quer-te cada vez mais por isso.
O meu não entende tudo, nem quase nada, mas entende esta sede de te ouvir que o descontrola. O meu coração entende que é amor que lhe percorre o corpo. Um amor que lhe vai fugir.