sábado, 28 de março de 2015

Palavras que poderiam ser minhas

"às vezes é preciso saber esperar, dar colo ao coração, aprender a ter recuo de tudo o que nos parece nublado.
é preciso acreditar que quando aprendemos a dar tempo ao tempo tudo acaba por passar, serenar, voltar ao devido lugar.
é preciso teimar em querer ser feliz todos os dias. e aceitar que nem sempre conseguimos. mas persistimos. nos lugares e nos amores certos." 

# ás 9 no meu blogue 

domingo, 22 de março de 2015

Eu em mim mesma.


Eu não sou frágil, não sou fraca e muito menos não me consigo proteger sozinha. Sou muito inteira em mim mesma. Tenho mais força que tu com os teus amigos, tenho mais querer na minha vontade de ser alguém do que tu quando te achas forte por mudares um pneu. E estou bem sozinha. Nunca precisei de ter alguém ao meu lado para tomar conta de mim, sei fazê-lo sozinha. Nunca precisei de ter alguém para me sentir mais feliz, consigo sê-lo sozinha. Não preciso da aprovação de alguém para me sentir bem comigo mesma, eu já sinto. Não preciso de me integrar num grupo que acha que preciso de alguém ao meu lado, como já disse, sou muito inteira em mim mesma.
Sim, não preciso de alguém que me complete, que me ajude a recolher as peças ou que me cure as feridas. Não estou incompleta e muito menos partida ou magoada. 


Sou eu mesma que consigo reunir em mim a força, a energia, o trabalho e o querer todo, sem precisar da ajuda de alguém fisicamente mais forte.
Ficar com alguém significa que há alguém que me acompanha no ritmo e que olha para mim com o amor suficiente para entender que não sou frágil. E que me ame por isso mesmo, para que consigamos ser duas partes inteiras num equilíbrio quase perfeito. E assim, saberei que é amor. 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Há em mim.


Há em mim a vontade do passado, uma sede de água já salgada. Há em mim um querer de um mundo que nunca existiu. Há em mim um desejo que me fecha os olhos que já tudo viram, o tudo que só viveu em mim. Há em mim um mundo que me cansa de estar tão cansada, um mundo que escolhi sem saber que era uma escolha. Um mundo que fiz de meu sem nunca o ter pedido. Um mundo que me mudou e me tornou muda. Um mundo que me tira o que nunca foi meu mas que está preso em mim. 
Queria que este mundo, que não é meu nem é de ninguém, se enchesse de palavras que o fizessem girar apenas pelo sopro de uma respiração, que o fizessem ser mais em cada juntar de lábios ao sentir o sabor.
Queria um mundo onde as coisas realmente importam, em que um toque ou um cruzar de olhares faça mossa, que tenha significado.

Queria um mundo mais vivo.