domingo, 30 de outubro de 2011

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Como já é hábito, sucede-se sempre algo que não se consegue alterar. Por mais que a consciência diga as palavras certas, são as mais erradas em frases com todo o sentido possível.
Não fosse tudo tão certo e tão conhecido ao pormenor, que o mais fácil torna-se difícil, e o difícil fica complicado de se interpretar.
Se pensar, mudasse tudo o que já foi e o que ainda está para vir, ocupávamos-nos mais em pensar que em agir sem eira nem beira.
Nada altera o ontem, mesmo com muita força de vontade, o hoje torna-se o ontem mas visto mais uma vez, o amanha é uma junção dos dois, mas sem perspectivas, sem ilusões, mas tem algo que antes não se conhecia, tem uma máscara que se formou entre o antes e o agora.
Quando escolhemos mudar, deixar para trás, desistir, quando decidimos dizer sem pensar, agir sem raciocinar, ser quem não queremos ser, criamos uma barreira que se torna espessa ao longo de cada dia sem voltar para trás e quando o tempo é demais fica-se além fronteira.
Devia ser obrigatório pensar a longo prazo para se ter noção das consequências que o tempo traz, deste modo ensinar o coração a lidar com elas, pois evitá-las vai para além das nossas capacidades.
Infelizmente.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Carência de Chocolate

A força do não quer, e não deixa querer e não faz nem deixa se quer tentar fazer.
Quem vê uma situação de fora, sendo apenas figurantes, para quem não tem coragem ou não tem força suficiente nos músculos para se mexer, como tem na língua para criticar, fica um conselho resuma-se á sua insignificância.
É lamentável tudo o que gira em torno de palavras de quem nem sabe o que diz, porém ocupa-se em julgar os feitos por errados quando nem capacidade tem para os avaliar.
Quem nada faz para alterar, quem se mantêm na sua área de conforto, quem é demasiado áspero para lhe ser possível alisar as arestas, que me repugna de tal forma que me deixa os nervos em franja, literalmente, é um ser pequenininho, que tem uma elevada falta de auto-estima, pessoa carente de chocolate. Pois o chocolate é um dos melhores amigos do Ser Humano, cura depressões e afasta frustrações.
Se tirares ao teu conteúdo, essa arrogância, prepotência, falsidade e falta de carácter, pode ser que possas tornar útil a pouca inteligência que tens.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

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Existe uma vontade entre o querer e o não querer, o gostar e o não gostar.
Algo demasiado espontâneo para ser realmente verdade, algo impensável de explicar nem se quer para tentar.
Parece que é fácil mas é mais difícil do que parece, algo falso e confundível. Devia passar despercebido, mas nem isso consegue pois julgo que toda gente o conhece, uns menos uns mais, cada um de forma diferente. Um pouco anti-social, complicado de manter uma relação já que nem se sabe como se comunica, é portador de mais defeitos do que de qualidades.
Põe a girar o mais fixo dos pensamentos, descolando uma por uma as palavras tímidas, põe num canto as meninas cheias de si e cheias de "não me toques".
Levando sempre a sua avante, disfarçado de menino do coro, de forma meiga e quase que agradável.
É um doce amargo, que leva mais do que dá, que persuade algo a ser o que não é, que faz dizer o que não se quer e no fim, até pensamos que é verdade.
Confesso que não sei como se chama isto, mas provoca demasiados estragos portanto deve ter um nome bonito, é sempre assim. Fica a embalagem esquecesse o conteúdo.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

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Transcende-me a falta de escrúpulos, do animal racional, a qual também responde por Ser Humano ou de forma mais simples de Homem. Serei demasiado céptica em relação a certos assuntos, que não consigo entender como é que conseguem reagir de certo modo, com certas pessoas?
O cepticismo é algo que me deixa a pensar duas vezes, a falta de sensibilidade para acreditar que tudo é um conto de fadas, é um pouco triste perder a esperança.
Porém, depois surgem estes seres mortais aos quais só me apetece inventar um dicionário para lhes puder chamar tudo o que me vem na alma, não perdendo a classe, o respeito, a seriedade e a frontalidade.
Deverei ter uma natureza bastante fraquinha, pois as atitudes de quem pensa mais em si do que no outro, deixam-me com os nervos á flor da pele, mas mesmo assim quem simplesmente não pensa nas atitudes que toma, perdendo a noção de que o mundo não gira á sua volta, quase que me deixam as artérias obstruídas.
Devo estar no mundo errado, pois ou o problema é meu ou toda a gente enlouqueceu.
São estas coisas, que me fazem ter medo de arriscar.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Curto Circuito

Se fechar os olhos e imaginar algo, permitisse fazer disso realidade, era algo que se tornava insustentável. Impossível de sonhar, mantendo sempre os pés bem acentes na terra. Devia fazer parte das necessidades básicas do ser humano, de vez em quando ter a cabeça na lua, desfrutar de uma tranquilidade extrema, sem sentir os curtos circuitos que os sentimentos proporcionam.
Também devia ser proibido, talvez até considerado ilegal sentir certos sentimentos, que nada de bom nos trazem, mas que nos ocupam a cabeça e todos os centímetros do nosso corpo.
Num futuro mais além do nosso campo de visão, tudo o que passamos, sentimos, ouvimos e dizemos irá ter uma razão de ser, um motivo para a sua existência e para o seu conteúdo, no entanto não sei se isso terá algum significado na altura. Pois tudo, tem uma data de validade, existem as alturas certas para as coisas acontecerem, a vida tem que ter um nexo, uma linha por onde seguirmos. Uma atitude até pode ser muito certa, mas se não for tomada no seu tempo estipulado não sei quais serão os seus efeitos secundários.
Contudo, não é isso que hoje me ocupa a cabeça, muito menos o coração, acho que nem a mais perfeita conjugação de palavras iria animar as peças fundamentais do meu corpo.
Seria tudo tão mais fácil se não existissem sentimentos, se tivéssemos uma bateria no lugar do coração. Odeio sentir, o que considero ser o pior sentimento existente, saudades, já que não sei como as controlar, não sei mesmo, e ainda por cima, fazem doer e não é pouco.

sábado, 8 de outubro de 2011

Tempo

Fico impressionada com o caminho dos acontecimentos, com o quanto eles se alteram, se transformam, e como deixam situações quase irreconhecíveis.
Se olharmos, se pensarmos em momentos anteriores reparamos que já nada é como era, facto estranho mas bom, talvez.
Apesar de me fazer sentir incompetente, por nada poder fazer para evitar isso. É que as coisas mudam tanto, mas no momento nem ligamos, nem temos noção do processo todo envolvido, no entanto hoje, neste momento, ao recordar-me de á um ano atrás, pergunto-me, como é que isto aconteceu que parece que não passou por mim. Não tive direito a opinião.
Conhecemos pessoas que nos proporcionam momentos de leveza, de sorrisos, de espontaneidade, de irracionalidade e despreocupação, que nos fazem sentir tão nós próprios, tão vivos e por isso o tempo passa com maior facilidade, como se nos perdêssemos entre os minutos de cada dia, e nos dias de cada mês. O pior é que o tempo passa, passa mesmo.
Fica o sentimento de saudade e tiramos partido de tudo o que mudou, mas nada fica igual, mesmo que a vontade seja muita, não há dias nem situações, nem sentimentos iguais. Porém, tudo acontece por alguma razão, ou pelo menos, quero acreditar nisso.
E leva-se guardado tudo o que um dia já marcou.

- Tempo, podes parar um bocadinho? Estou mesmo a precisar .

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ironia

Quem ama não desiste, não mente, não trai, quem ama cuida, dá o que não tem, respeita, ouve.
Quem ama reage, quem ama transforma sentimentos em acções , quem ama interioriza nas palavras o palpitar do coração.
Quem ama pensa mais na pessoa amada do que nela própria, quem ama transforma um não em sim, e um talvez em certezas absolutas.
Quem ama magoa-se para não magoar, oferece sem receber, quem ama esconde lágrimas nos sorrisos. Quem ama olha directamente para quem quer, quem ama não tem medo de arriscar, quem ama não se arrepende das decisões tomadas, quem ama pede desculpas e diz Obrigada.
Quem ama é quem ninguém quer ser, pois quem ama sofre, sofre muito.
Ironias ingratas do destino.

sábado, 1 de outubro de 2011

Intímo

" (...) A tua voz verdade não fala
Dei-te tantas oportunidades
Só brincas-te com as minhas saudades
Só soubeste tirar partido
de um coração magoado e ferido (...)
Eras tu quem não sentia
era eu que por nós tudo fazia
por isso Xau e até qualquer dia (...) "


É realmente um ciclo vicioso. Não se diz as palavras certas na altura certa e ocorre um desabamento. A célebre frase "mais vale tarde que nunca" nem sempre tem o impacto esperado, talvez por ser verdadeiramente tarde. As cicatrizes existem para não nos esquecermos que o passado foi real, que insistiu em magoar, que se apoderava de nós um sentimento de incapacidade para alterar, nem sempre o tempo consegue curar tudo, pois foram essas feridas que nos ensinaram a não acreditar em frases em vão, que nos mantêm alerta. Que nos ajudam a não esquecer as noites em claro e os dias preenchidos por cem questões e nem uma resposta.
Pedir desculpa e admitir o erro agora, apenas serve para não voltar a cometer o mesmo erro e aprender com ele.
Tenho a minha caixinha dos sentimento em harmonia sem qualquer nostalgia.