quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

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Estava a fazer-me realmente bem o calor que se aproximava e que me começava aquecer. Esse calor que afastava o frio que tanto me atormenta e com o qual eu tenho dificuldades em lidar. 
Mas o calor vai e eu fico, faz-me falta porque acho que sou movida a energia solar. No outro dia enquanto chovia, o sol deu o ar das suas graças e com ele apareceu o meu tão esperado amigo arco-íris, passou-me a ideia de ir até ao fim para ver se estava lá o famoso pote de ouro, mas tive que me conter e lembrar-me que não tinha tempo. 
E depois pensei que as prioridades andam de cabeça para baixo, tenho que me afastar daquilo que quero porque ando a perder tempo com coisas que não quero tanto mas que têm que ser.
Diz-se que faz parte da vida, mas de uma coisa eu tenho a certeza eu faltei à aula em que explicaram porque é que os corações podres é que recebem o mérito e alcançam o calor. Isso definitivamente, eu não aprendi e então apesar de ter um coração saudável ainda tenho frio. 
- Gostava que se tratasse do estado do tempo.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

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Só em determinados momentos é que percebemos que nos encontramos numa ilha e por mais que se tente nadar, a corrente é mais forte e permanecemos ali a ver tudo á nossa volta acontecer.
E sem repararmos já não vivemos a nossa vida, apenas ficamos ali num canto enquanto alguém traça o nosso destino, somos só consequência da acção de outrem. 
Não devemos cruzar os braços, se não está a correr bem então que tenhamos coragem de virar na próxima esquina e inverter a marcha, que tenhamos força para fazer a nossa próxima história. Se houver erros pelo meio, óptimo, pelo menos aprendemos o que não devemos fazer, e quando houver uma vitória, quando sentirmos uma emoção tão grande que ficamos com os pêlos em pé e o coração cheio, nesse momento saberemos porque estamos aqui. 
Devemos seguir os nossos sonhos, e até pode ser que o sonho do momento não seja aquele que imaginávamos enquanto saltávamos na cama e vestíamos as roupas da mãe, porque se formos a ver bem, quem é que continua a ser aquela menina? Um pedaço de nós, sempre será mas o resto, mudou, transformou-se em alguém com um sonho diferente ou igual dessa menina meiga e cabe-nos ter confiança para seguir em frente. 

A nossa força interior é sempre a maior e o nosso desejo de alcançar a felicidade é sempre o seu combustível.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

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Por estes dias alguém perdeu alguém, não fui eu e agradeço imenso por isso, mas são sempre coisas que me tocam, que me fazem pensar.
Sei bem que é racional aceitarmos o facto de não estarmos aqui para sempre, mas sinceramente não quero saber de racionalidade em determinados assuntos, parece que isso me tornaria uma pessoa vazia e não quero ser esse tipo de pessoa.
Por vezes chateio-me e reclamo da minha vida e no segundo a seguir arrependo-me, mas não é por pensar que por alguém ter uma vida pior que a minha que tenho que me resignar à vida que tenho, mas sim por saber que são problemas tão pequeninos, sei que um corte de papel também é pequeno e dói, mas é uma dor suportável, uma dor ultrapassável.
Um amor não correspondido, um coração que tem dois amores, um projecto que correu mal, a amiga que nos insultou ou tantas outras coisas, e sentimo-nos descontrolados como se perdessemos as forças das pernas. Como será então que reagiremos quando for uma dor que não tem forma de curar?
Uma dor que faz doer o corpo inteiro sem deixar sequer que consigamos andar a direito, que nos faz arrepiar por tudo e por nada, que nos faz ver a nossa vida numa terceira pessoa e desejar com imensa força que isso fosse verdade. Uma dor que vem depois de uma noite bem dormida e que se torna a última durante um tempo incontável. 
Desejo que todo o sofrimento que os nossos olhos veem e o que os nossos ouvidos ouvem, demore muito ou simplesmente não chegue ao coração. Que tenhamos a sorte de viver a vida, sem meias palavras, sem meias acções e que sejamos capazes de lidar com a dor, não ignorá-la, e que tenhamos a força para andar de pé apesar da dor.


domingo, 9 de fevereiro de 2014

"Vi-te no Comboio"

http://p3.publico.pt/actualidade/media/10716/vi-te-no-comboio-uma-pagina-para-quem-se-apaixonou-pelo-passageiro-do-lado

Quantas vezes já não nos aconteceu? Irmos meio perdidos entre os pensamentos do nosso dia, com os nossos direitos e deveres, sobre o que ficou por fazer e ainda mais aquilo que ainda seria feito nesse mesmo dia. E de repente vemos no nosso ângulo de visão alguém que nos chama atenção, e ficamos a imaginar como seria se conhecêssemos a pessoa, pode ser por vários motivos pela sua aparência física, o rosto ou o corpo, pela forma de se vestir ou pelo livro que está a ler ,e com que nos identificamos, ou ainda só pelo simples facto de  ter sorriso, aqui uma versão mais romântica. 
Mas depois a nossa paixoneta momentânea sai do comboio/autocarro e ficamos a pensar se voltaremos a encontrá-la. Afinal bem podia ser o nosso príncipe encantado, que em vez de um cavalo branco veio de transportes públicos. Mas agora devido a imaginação de alguém que provavelmente se viu nesta situação poderemos ter uma ajudinha para encontrar esse estranho que estranhamente nos encantou.

Aproveitem, quem não arrisca não petisca :p

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

The Blind Side


O filme não é novo, mas foi novo para mim e tenho pena de não o ter visto muito antes. Cativou-me, sou bastante suspeita para dizer que o filme me fez chorar porque choro muito facilmente. Mas o que me fez arrepiar foi saber que se trata de uma história verídica e claro há algumas partes do filme que me fizeram sentir o estômago bem apertado e o coração tão pequenino que nem sei como não deixou de bater.

Deu para pensar em várias coisas, coisas que já são tão banais para a maioria das pessoas mas que têm um significado enorme para outras e vemos aquele sorriso de alegria genuína e o olhar brilhante de esperança. 
Há muitas pessoas que defendem afincadamente que os bens materiais não trazem felicidade, no entanto discordo, podem não ser a fonte de toda a nossa felicidade mas será que poderíamos ser felizes a morar na rua apenas com um saco de plástico com uma camisola de reserva, mesmo que tenhamos o coração cheio de amor para dar e os braços enormes para receber? 
Tenho as minhas dúvidas.

Mas o que me interessou nesta história é ver a bondade de quem tem tudo e fico radiante por ainda haver esperança na humanidade :D