terça-feira, 25 de junho de 2013

Omnipotente

Se eu fosse omnipotente, tentaria dar mais a quem tem de menos mas não coisas tocáveis mas sim o que é invisível aos olhos. Gostava de ser capaz de semear a esperança em corações vazios, de ensinar o amor a mãos solitárias, de dar segurança a quem tem as pernas a tremer. De mostrar que borboletas na barriga é algo inexplicavelmente maravilhoso, e triste de quem não as sente, mas não dura para sempre torna-se em algo mais maduro e esplêndido que pode durar uma vida inteira ou partir em pedaços cada canto de um corpo e cada som de uma voz, porque, infelizmente, um homem com força destrói a força do Homem. 

sábado, 22 de junho de 2013

Noção

Foi assim, de um dia para o outro, deixei de ser a menina com o brilho no olhar para me tornar em algo apagado. Que se esqueceu de como se tira este nó na garganta que teima em não dar descanso, que gosta de se magoar a si própria com lembranças em estilo replay, mas que no entanto tem muito amor para dar. A minha noção de tempo é um pouco estranha, porque este processo não se deu de um dia para o outro mas sinceramente parece que foi ontem. O meu coração que não percebeu que o tempo avançou, continua parado algures entre memórias e o meu cérebro, que deveria ser a parte racional, encontrasse em estado de negação. 
Tenho receio, muito mesmo, de dar conta que me perdi apenas com o coração cheio de ilusões e as mãos sem nada para segurar.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Fado?

Dizem que parar é morrer, porém, acho que é disso que preciso. A hora está-se aproximar e os meus pensamentos encontram-se como se fossem ingredientes de um batido, preparados para explodir a qualquer momento como se fossem detonar uma bomba. 
Preciso de parar de evitar o inevitável, não se pode adiar a dor com esperança que ela diminua, isso é apenas uma ilusão- como quando comemos uma exagerada quantidade de pão com nutella e esperamos que   não engordemos. 
Tenho que me esforçar mais para que passe, a força aumenta conforme a confiança em nós mesmos, e se é o fado então irei respeitá-lo. 
Irei ter em mim, toda a vontade do mundo. 

domingo, 9 de junho de 2013

Recuo

Eu sinto algo tão inexplicável, tão único, tão meu. 
Sinceramente receio o dia em que deixar de sentir, tenho medo do dia em que começar a esquecer os pormenores e tenho realmente medo do dia em que se torne apenas em algo que já foi e já não é. Sinto uma paz angustiante, um vazio saudoso e um desequilíbrio rebuscado.

           Se pudesse eu recuar no tempo, saberia exactamente onde gostaria de estar. 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

 

                                                     "Promessas perdidas, escritas no ar (...)"

domingo, 2 de junho de 2013

...

Tenho saudades de tempos que não tenho certeza que vivi, se os imaginei ou se os senti com tanta força que se tornaram realidade apenas para mim. Sinto falta de algo maior que o comum, maior que o passado, maior que o presente, maior que mim mesma. Sinto falta todos os dias e todos os dias dói sentir essa falta. Tento sonhar mas os sonhos deixaram de ser da minha responsabilidade.