sábado, 24 de setembro de 2011

Descomplicar

Por vezes há uma má interpretação das palavras de cada um, deste modo surgem demasiados mal entendidos que ajudam a criar sonhos e ilusões.
Devido a querermos algo com tanta força nem questionamos se tudo bate certo, apenas sorrimos e acreditamos com o coração. E como um sonho leva a outro, chegamos a ver num gesto mais do que isso, ouvir uma palavra mas julgá-la sempre pelo significado que queremos ouvir.
É tudo tão mais fácil , se não se engolir as palavras na esperança que a outra pessoa entenda o que queremos dizer, não é possível dizer sem falar, é tão mais simples se se dizer exactamente o que queremos que se entenda.
Cada um já tem os seus problemas, mas fazer de cada pessoa um problema é opção individual, é mais correcto descomplicar, reflectir, saborear um momento de cada vez mas tendo sempre noção disso e das pessoas envolvidas. Um sentimento só é verdadeiro no momento em que está a ser sentido, após isso é apenas mais um sentimento que nem sabemos se foi aproveitado e partilhado como devia ser. Devíamos ter cuidado com as pessoas que deixamos que entrem nas nossas vidas, pois elas, mesmo que não queiramos, vão fazer mudanças, e cada um deve estar preparado para isso, tanto nós como o outro. Desde do momento em que nos damos alguém e recebemos desse alguém alguma coisa, por muito pouco que seja, isso marca e tornamos-nos responsáveis por elas.
Eu dou-te um trevo de quatro folhas, tens que saber manusear a tua sorte, aplicá-la nas palavras e demonstrá-las nas acções. Não esquecendo de agir, a regra mais básica é apenas agir.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

^^

É uma sensação um pouco poderosa demais, como se quisesses dizer a verdade bem alto na esperança que algumas mentes brilhantes tenham consciência. Como se te quisesses esforçar por algo que já desistis-te algum tempo. Querendo viver o ontem, como se fosse o hoje sonhando com o amanha, de forma igual e parecida, matutando em tudo o que querias e que julgas que tens, sem cruzares os braços mantendo essa posição arrogante de quem nem sabe o que quer ou o porque de o querer.
Perde a piada, quando não controlamos a história ou quando deixamos de fazer parte do elenco principal, quando subtraímos em vez de somar-mos dando uma atitude negativa. Sendo apenas o resultado de quem não tem nada para dar, considerando esse nada alguma coisa, num acto completamente desonesto consigo mesmo.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Até nunca mais.

Fascina-me a incompetência da ignorância das pessoas.
Como se não conseguissem controlar as asneiras que lhes saiem como palavras, como se se tratassem de abelhas á procura do mel. Pois nem a ignorância lhes fica bem, não combina com o tom de pele ou com a falta de coragem das palavras, julgando que as dizendo fora de contexto vão fazer sentido.
Ultrapassa-me quem pensa que o tempo passa e que as pessoas ficam lá paradas, num determinado lugar á espera de uma determinada situação.
Choca-me a falta de sensibilidade de quem quer dar passos em frente, na esperança que alguém esteja a recuar nos seus passos.
Agrada-me a falta de emoção quando se depara com a inexistência de sentimentos.
" Até nunca mais (...) "

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Scars

A tua aguarela ficou desbotada, devido ás banais cores de quem vem e vai, numa viagem rápida, mas que marca lentamente, que fere dolorosamente. Mas encolhem os ombros em sinal de insignificância.
É só um exemplo da capacidade dos seres humanos de magoarem, afectarem, mudarem a vida de outrem, afastando-se discretamente como se fossem figurantes num filme que se repete.
A coragem de sorrirem, tornando o sorriso um gesto tão comercial, cada vez mais hipócrita, pois cada vez mais e muito infelizmente, as pessoas têm medo.
É um receio tão grande de se aproximar, de se deixar levar, de acreditar, medo que seja tudo falso mais uma vez.
Deste modo, perde-se pessoas que poderão valer a pena, devido ao temor de voltar a ser uma vitima, nesta vida que a maioria vive como se de um jogo se tratasse.
Cruza-se os braços e mantemos-nos na defensiva, ouve-se as mesmas palavras bonitas que antes fizeram palpitar esse teu coração, mas hoje apenas antecipam um final que julgas como certo e pensas para ti : Outra vez?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Loucura Sã

Seria loucura dizer exactamente aquilo que se considera louco? Eu poderia justificar-me dizendo que apenas queria fugir do dito normal.
No final, não sei quem decide o que é loucura e o que é politicamente correcto.
Quando as ideias chocam e balançando dizemos palavras que à primeira vista não têm sentido nenhum, como quando para falarmos paramos, como se os pés fixassem no chão para as palavras terem mais força para serem pronunciadas.
Também me parece loucura deixar em coma assuntos para não tornar pior qualquer que seja a situação. Como se quisessem manter a dor em estado vegetativo. Não é loucura adiar, o inadiável?
Fazendo com que o resultado disso seja mais intolerável, mais incompreensível, mais sem palavras para o descrever.
Visto bem, muita coisa que fazemos e que julgamos " normal" torna-se uma loucura sem se quer repararmos.
Ou talvez, não queremos ver o que está diante dos nossos olhos, "demasiado ocupados" dizemos nós com um ar de mártires, pedindo misericórdia aos outros, quando o mal que fazemos se reflecte exactamente no nosso espelho.
Estes pensamentos de quem prefere ser parvo a ser louco.
Insanidade, chamamos nós, referindo-se a quem tem coragem para dizer o que não queremos ouvir.
Aprecio bastante a loucura sã de quem prefere cair consciente da sua loucura, àquela consciência intranquila de quem nem sabe como está de pé.

sábado, 3 de setembro de 2011

Louca bastante consciente

A falta de uma peça não pode tornar um puzzle para sempre incompleto. A falta que fez, desvaneceu. Penso se alguma vez fez realmente parte e chego à conclusão que feliz ou infelizmente não existem pessoas com lugares reservados, ou neste caso, peças com lugares reservados.
Acho que devia fazer parte do bom senso existir um limite para se confiar em alguém, aquela linha em que chocávamos como toque de aviso cada vez que uma pessoa se aproximasse da janela que diz : DOR, numa cor bastante fluorescente, com bolinhas, riscas e bonecos a dizer: STOP.
Estas pequenas palavras formaram uma imagem bastante cómica na minha cabeça, soltando um riso ao imaginar tal coisa acontecer.
Sinto-me uma louca bastante consciente, com sentimentos a fervilharem enquanto oiço uma música a repetir.
A ausência dos sentimentos, faz com que não se compreenda a importância da sua verdadeira presença.


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Euforia Psicológica

Devido ao tempo dispensado, digo coisas certas e oiço palavras sensatas. Não duvidando de quem sou ou do que estou aqui a fazer.
Talvez graças ao sol que me bateu forte na cabeça, tenho as ideias orientadas. Só encolho os ombros ao que me levou a isso, foi aquele choque térmico entre o corpo a escaldar de quem passou horas a torrar, literalmente, e aquela água gelada para onde me atiraram sem aviso precoce.
Esta relação de tão pura sintonia em que se encontra o meu coração com a cabeça, deixa-me num estado de euforia psicológica ultrapassando para as minhas acções físicas.
Gosto destas palavras, ditas no melhor sentido possível.
"Só podemos aceitar o novo, se deixarmos de olhar o presente com olhos nostálgicos".