sábado, 9 de março de 2013

Algodão


Todos os dias ouvimos falar de evolução e que essa evolução é o futuro. Ouvimos falar de novas tecnologias, de novas leis, de nova escrita, de nova moda, de várias formas de fazer coisas que antes eram difíceis e agora são simples. E em relação às pessoas? Quando é que há uma evolução que as inclua directamente? Como por exemplo, pessoas com um mecanismo para absorver a própria dor, para a esconder, para a suportar para que consigamos andar em linha recta, sem trambolhões dando a parecer que estamos embriagados. Talvez pudessem inventar pessoas de algodão ou acabar com a parte do cérebro que torna a dor realidade, e não apenas uma razão para escrever frases bonitas.
Talvez estejamos mesmo embriagados, embriagados de recordações, de coisas que já foram mas que hoje não são. Embriagados com a vontade de esquecer. Embriagados com os sentimentos que vos fazem querer estar embriagados todos os dias.  Embriagados com a descoberta de nova forma de sentimentos, que nos ajudam a deixar o estado de embriaguez e a querer os pés na terra e a cabeça na lua. 

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