terça-feira, 22 de junho de 2010

Sonhos

Quase todos os dias sonhamos. Mas o que é sonhar?
Passar horas, dias e até anos a imaginar algo que pode nem acontecer, lutarmos tanto para isso e no fim não recebermos o prémio merecido.
Um dia acordamos, ouvimos uma música várias vezes consecutivas ao mesmo tempo que pensamos nesse bem dito sonho e como nos vai fazer feliz.
Nessa mesma noite, adormecemos com as lágrimas a invadirem-nos os olhos porque o sonho não passou disso mesmo de sonho que significa acreditar e querer algo que pode não se realizar.
Julgamo-nos sem objectivos se não tivermos sonhos, mas se os tivermos sentimo-nos desiludidos connosco, com os outros, com todos e com ninguém ao mesmo tempo.
Adoro escrever, adoro música, adoro ler o que escrevo e de cantar o que oiço.
Se sei escrever? Não sei se sei. Se sei cantar? Receio que a resposta seja não.
Apesar de adorar estas coisas, o meu sonho é bem distinto disto, consiste em algo mais formal, baseia-se na palavra Justiça.
Os sonhos não são justos.
Nunca imaginei ter outro sonho que não este, de sorrir por outra coisa, de me sentir realizada com alguma coisa diferente.
Juntar as palavras e compôr textos agrada-me imenso, trata-se de arte, mas se quero fazer desta arte um sonho?! Nunca sonhei com isso, mas a justiça também surpreende.

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