terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Amor de alguém.

É triste. A verdade desta nova realidade é mesmo triste. Rebentou-se uma bolha que pensei que duraria para sempre, não houve preparação nem aviso prévio, apenas um estrondo que me deixou em sentido, sem sentido nenhum.
Anuncia-se o amor como solução para todos os problemas, não será o amor o maior problema deles todos? Não estarão as pessoas cada vez mais feridas que contagiam a pessoa a seguir com uma ferida maior ainda?
Já tiramos um bocadinho para pensar que possivelmente nunca seremos o grande amor de alguém?
Quando conhecemos alguém novo essa pessoa já viveu alguma história com alguém, já imaginou um futuro, já se desiludiu, já se magoou, e já apanhou os seus próprios cacos do chão. Portanto, possivelmente nunca seremos o amor de alguém, porque esse alguém já teve o seu próprio grande amor. Já teve um amor louco e descontrolado que o fez virar a vida do avesso e voltar a pô-la no sítio, um amor que o fez fazer coisas imaginárias, que lhe fez sentir os ossos todos do corpo e pensar que aquela sensação duraria para sempre.  Mas acabou ou apenas está escondido dentro dele apenas a espreitar pela janela. De qualquer forma, não se vai repetir contigo, não voltará a ser aquela pessoa contigo. 
Então tu, provavelmente, não serás o amor de alguém. 
Será que vamos cair na triste história de ficar com alguém de quem, apenas, gostamos? Ficar com alguém apenas por ficar? Apenas porque é a pessoa certa, mesmo que saibamos que nem sempre o que é o mais certo é o que nos faz mais felizes?
Tudo isto é triste, mas mais triste ainda é pensar que, possivelmente, nunca seremos o amor de alguém.

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