terça-feira, 28 de outubro de 2014

Eu, como emoção


"A cada palavra sentida, a tinta escorreu pelas páginas do meu órgão vital. Ele bateu, e a cada cadência soltou letras pelas minhas artérias imundas de emoção. Todo o meu eu era o sonho que ganhou vida quando juntou esses pedaços de glória que o mundo calou. Calou porque não juntou as letras da alma, juntou as letras da razão. E há-de ser assim porque sim!
Quanto mais uso as asas da mente, mais me asfixiam daquela estranha calma que invade as cidades de nós mesmos e amputa qualquer forma de ir mais além. Mas eu sei que um dia a razão não vai ser dona da verdade. Daquela que todos dizem ser só uma. Aquela em que todos acreditam mas ninguém conhece. E quando o dia acabar, e o sol ofuscante for embora, talvez se encontre no silêncio do luar, as letras que compõem a palavra amor que faz o órgão vital transportar a realidade dos sonhos."  Carolina Tendon 


Abri o livro de forma aleatória e calhou-me estas palavras, e calharam-me muito bem. As palavras certas.

Para quem ainda não conhece a dona destas palavras, espreite aqui  

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