segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dia

Como qualquer certeza, no momento considera-se certeza absoluta, com o passar do tempo mesmo pouco que seja vai deixando de ser.
O silêncio desperta-te todas as manhãs e adormeces ao som de vários barulhos.
Caminhas num chão que nem sempre é seguro, sentes o vento que nem sempre é frio.
Sentas-te num canto, julgando o sitio adequado para reflectires e flectes as pernas.
Encaras cada dia como se de um jogo se tratasse, ganhas, perdes, sorris e enfraqueces.
Todos os dias sentes-te, todos os dias andas, todos os dias falas, todos os dias vês, tal como todos os dias sentes e todos os dias ouves.
Quando ouves, cresce em ti uma esperança e os teus olhos brilham.
Mas no final do dia, surge uma dúvida incontrolável, perguntas-te se valeu a pena.
E quando a noite cai, pousas a cabeça na almofada e sonhas, crias o teu próprio mundo, com um chão fixo, com um jogo ganho, com uma luta justa e com um sonho realizado.
São só uns segundos...

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