terça-feira, 25 de novembro de 2014

Palavras que poderiam ser minhas


"Não sei viver de migalhas. Nasci completa e me transbordei de vida e desde sempre percebi que não aceito metades. Aceito defeitos, aceito chatices, erros e intensidades.Mas não aceito metades. Aceito um não mesmo querendo um sim, e não aceito um talvez. Aceito alguém com toda a sua bagagem de dor, mas não aceito ser apenas opção. Faço das pessoas tudo, não aceitaria ser nada. Quem se contenta com pouco, se acostuma com pouco e talvez nunca chegue a conhecer o tudo. E eu sempre precisei de muito, sempre peguei muito da vida. Para mim ou é ou não é, ou esta ou não esta, ou ama ou não ama. Ninguém pode amar pela metade, ser pela metade e se doar pela metade. Quem não é completo não pode ser soma em alguém, e se não é soma nenhum bem faz. Extremo, eu sei. Aprendi cedo que comigo é 8 ou 80. E aprendi cedo também a lidar com o egoísmo de quem só quer se preencher de mim e me alimentar com quase nada. Pena que eu sempre soube que se doar sozinha é solitário demais, pequeno demais, perca de tempo demais e que quem não pode ser seu tudo só faz por merecer ser o seu nada."

Karoline Amorim

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